O Ano Novo normalmente traz aquele sentimento especial renovação, de início de um novo período e de novas possibilidades.
A cada virada de ano grande parte das pessoas estabelece objetivos para o período que se inicia.
Esses objetivos podem ser pequenas metas ou grandes desafios.
Seja o que for e de que tamanho for, com certeza, significará que precisaremos agir e, em muitos casos, mudar o nosso comportamento para não ficarmos só com as boas intenções daquele “momento mágico” dos brindes e da queima de fogos.
Acredito que a maioria de nós estabeleceu objetivos para vida financeira em 2014, desde de pagar dívidas até guardar dinheiro para a aposentadoria.
Então mãos a obra, vamos nos planejar e organizar para chegarmos ao réveillon de 2014 podendo comemorar termos atingido os nossos objetivos!
Um passo fundamental para o planejamento financeiro é o entendimento de como lidamos com a nossa vida financeira.
O dinheiro tem significado diferente para cada pessoa (por exemplo: poder, liberdade, status, tranqüilidade) e como fazemos uso dele acaba refletindo esses significados.
É importante ressaltar que lidar com o dinheiro não está, necessariamente, relacionado a se o nosso salário é alto ou baixo. Qualquer que seja a faixa de renda, todas as pessoas têm algum relacionamento com o dinheiro, e ter mais recursos não significa lidar melhor com ele.
Todos nós conhecemos pessoas que não têm um salário elevado e que conseguem poupar e investir recursos nos seus objetivos, enquanto existem endividados que têm excelente salários.
A melhor forma de começar a analisar como lidamos com o nosso dinheiro é verificar como o gastamos.
Somos consumidores conscientes ou presas fáceis do marketing que invade o nosso dia a dia e compramos sem refletir e por impulso?
Para essa avaliação contamos com uma ferramenta fundamental e indispensável, sobre a qual todos falam, mas muito poucos utilizam: O ORÇAMENTO.
O ORÇAMENTO possibilita visualizar, de forma objetiva, de onde vem e para onde vai o nosso rico dinheiro.
O ORÇAMENTO ajuda a avaliar com o que e como estamos gastando:
Se você realmente sabe, que bom! Uma parte do caminho já foi percorrido.
Com certeza você deve fazer o seu acompanhamento orçamentário com freqüência e, se ajustes forem necessários, você já sabe o que será possível fazer.
No entanto, devido a relevância do ORÇAMENTO (e seu acompanhamento periódico) para o seu Planejamento Financeiro, vou fazer uma proposta: reflita e responda quais seriam as suas respostas para as questões abaixo:
(1) Receitas Correntes = Considere apenas as entradas (líquidas de tributos e encargos) relativas ao trabalho.
Obs.: Os rendimentos dos investimentos (juros e alugueis) não devem ser considerados nas receitas correntes;
(2)Despesas Correntes = Considere as todas (independente do valor) as despesas da sua vida diária.
Não se esqueça de considerar as despesas que ocorrem periodicamente, como IPVA, IPTU, seguros. Você deve distribuí-‐las ao longo dos 12 meses do ano, para saber qual é o impacto nas suas despesas mensais se você guardar dinheiro mensalmente para pagar essas despesas.
Obs: Os valores que você direciona para investimentos (incluindo a parcela relativa a aquisição de imóvel, seja financiamento e/ou consórcio) e previdência, apesar de saírem da sua posição, não devem ser computados.
Se o resultado for:
POSITIVO – você é superavitária -‐ gasta menos do que recebe e, portanto, é um geradora de poupança.
Quanto maior for esse número em relação a sua renda, maior é a sua Capacidade de Poupança e a sua possibilidade de atingir os objetivos traçados;
NEGATIVO – você é deficitária -‐ gasta mais do que recebe e, portanto a sua Capacidade de Poupança é negativa.
Alerta Importante: Quando a Capacidade de Poupança é negativa significa que para cobrir as suas despesas ou você está utilizado o seu patrimônio já constituído (resgatando investimentos por exemplo) ou se endividando.
ZERO – você gasta tudo o que ganha e, portanto, não consegue gerar poupança.
Se você teve dificuldades em responder afirmativamente as questões, a sua visão sobre a sua situação financeira pode estar distorcida e você corre o risco de comprometer os seus objetivos.
Minha sugestão: faça o seu ORÇAMENTO, ele vai auxiliá-‐la a segurar com mais firmeza as rédeas da sua vida financeira.
Fazer o ORÇAMENTO pode parecer trabalhoso e difícil, mas garanto que depois que você conseguir fazê-‐lo pela primeira vez, vai verificar que os benefícios valem a pena.
O início de ano é um excelente momento para você começar o seu ORÇAMENTO porque você poderá acompanhá-lo e fazer os ajustes de rota necessários para chegar ao final do ano comemorando e brindando os objetivos alcançados.
SUCESSO!!!
Maria Angela Nunes Assumpção é Planejadora Financeira Pessoal, possui a Certificação CFP (Certified Financial Planner) concedida pelo
Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF), e é sócia da Moneyplan Consultoria. E-mail: angela@moneyplan.com.br